Total de visualizações de página

6,088

Poema ao acaso

Poema ao acaso


Por que me falas nesse idioma? perguntei-lhe, sonhando.
Em qualquer língua se entende essa palavra.
Sem qualquer língua.
O sangue sabe-o.
Uma inteligência esparsa aprende
esse convite inadiável.
Búzios somos, moendo a vida
inteira essa música incessante.
Morte, morte.
Levamos toda a vida morrendo em surdina.
No trabalho, no amor, acordados, em sonho.
A vida é a vigilância da morte,
até que o seu fogo veemente nos consuma
sem a consumir.












quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Thomas Rhett - Crash and Burn

Nenhum comentário:

Postar um comentário